Hoje apeteceu-me  falar 
nas Instituições  denominadas  “ LARES “ .
Começo por dizer  que no decorrer da minha vida  era Instituição que me metia um certo
respeito pela  negativa  , nem tão pouco queria pensar no assunto, até
porque éramos confrontados com as noticias de lares a fecharem por falta de
condições, pensava sim , que tudo se resolveria 
( nestes caso respeitante a meus pais ) obviamente sem passar por aí.
Mas, como a vida nos prega
partidas ….e como por vezes não tomamos a opcão que QUEREMOS mas sim a que
PODEMOS , tive que  me confrontar com a
situação.
Hoje tenho uma opinião
diferente e muito mais  esclarecedora.
Claro que  neste assunto há situações e casos que
diferem um  dos outros e  cabe à família tomar a decisão certa , sempre
mas sempre,  em beneficio do IDOSO, que
merece acima de tudo têr  condições ou
seja qualidade de vida.
Se é nos Lares ?  Sim,  por vezes até é.  Pois é aí que têm os cuidados de saúde
inerentes ao seu estado   de saúde, e têm a higiene que por vezes nas
suas casas era impossível.
Pensando bem , é quase como
termos que põr um bébé na creche, costuma-se dizer que é uma mal necessário,
pois se não temos outra opção,  então  teremos que entregar a criança num sitio que
fique protegida, e aí , começa a nossa angustia se será o sitio certo .
 Com a escolha dos lares para os nossos
familiares é precisamente o mesmo.
 O meu pai infelizmente esteve tão pouco tempo …
por sua OPÇÃO achava  que era o sitio
indicado para passar o resto dos seus dias , mas   Deus
achou melhor ele descansar  noutro  lugar , em que certamente encontrou a  PAZ merecida.
 A minha mãe lá continua….e para as pessoas que
são um pouco cruéis na análise que fazem 
 em relação aos  filhos porem os pais nos lares!....
 Eu explico que sinto uma paz muito grande,  e a consciência muito tranquila, por a opção
que tomei  , e por a minha mãe felizmente
ainda  lá estar, continuo a dizer que é
lá que ela está bem,  e essa é a minha  prioridade 
sabendo do seu bem estar.
Penso  sim , que a nossa consciência não ficará de
todo tranquila,  se  o facto de estarem num lar serem
automaticamente abandonados  , se os tivermos
nas nossas casas e não tivermos capacidade psicológica e física para os
tratarmos como eles merecem ou até como é do domínio público serem abandonados
nos hospitas.
Precisamente por  tudo isto ….a minha mentalidade está muita
mais aberta a estas Instituições e penso que será o futuro dos meus dias ( se
lá chegar ) .
O s lares de hoje ( já não
falando nas modernas Residências Assistidas ) oferecem-nos outra qualidade de
vida que há anos atrás não existiam mesmo.
Dizia-me o Provedor do Lar
numa conversa simpática e informal, que os Lares que antigamente eram
reconhecidos como asilos, têm que acompanhar a evolução do Idoso de hoje, ou
seja , estarem equipados de Internet, salas de convívio , ginástica, passeios, para
que não  “ HAJA TEMPO PARA O TEMPO “.

4 comentários:
Essa é uma questão complexa Arco Iris. Mas se os pais não necessitarem de cuidados médicos, e se os filhos têm tempo suficiente e capacidade de cuidar deles, então porque não ?!
Mas claro que existem casos mais complexos onde tal não é possível. Qunado é assim escolher um bom lar é uma boa solução. Mas cuidado nem sempre o que mostram à familia é a realidade. Eu já conheci realidades difíceis num lar onde fui voluntária e por isso digo isto.
Maria obrigada pelo seu comentário.
Claro que não deixa de sêr uma Instituição e como tal , também tem a parte negativa, será pois o último recurso em situações que assim o exigem.
Á que estar sempre alerta e em contacto.
e and ahá os resistentes como a minha tia velha que nao queria ir para um lar de dia pois achava qu eram asilos e a palavra asilo tem uma conotação negativista
kis .=)
Quem te conhece bem sabe que a palavra "família" tem para ti um peso muito grande e que por detrás das tuas opções esteve sempre o bem estar dos teus pais. Eu já conheci casos de pessoas que olham para os lares com uma certa desconfiança, mas que na altura que tiveram que optar pelo seu familiar mais próximo, acabaram por ser ali que o foram confiar. Certamente lá tiveram as suas razões que contrariaram a sua vontade. Cada família é um caso. Eu já me vejo nesse dilema, pois como poderei eu no futuro apoiar a minha mãe em minha casa se a minha saúde não me ajuda?
Um beijinho
Cila
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