Hoje é o tradicional dia da espiga que de
tradicional ( pelo menos aqui para os sitios onde resido, não existe nada.
Penso que algumas vendedoras pela cidade ainda se esforçam por vender o raminho
de espiga, mas, como a espiga dos Portugueses é outra , passa-lhes um pouco ao
lado.
Não vou dizer no meu tempo….porque
considero o “meu tempo” este que estou a viver presentemente,.
Mas, quando era era
adolescente e vivia numa simpática vila Alentejana
em que tinha como privilégio além de
ter uma praia fantástica , ter
também o meio rural, ou seja, neste período os campos eram cobertos de papoilas
, espigas e todas as flores campestres a dar sinal de uma Primavera florida.
Era neste dia, que por sinal
ninguém trabalhava, e já com o farnel feito de véspera , que lá íamos em grupo usufruir deste fantástico dia que começava logo pela manhã
até ao entardecer.
Cantávamos… jogávamos …. Íamos
apanhar a espiga e por vezes lá se faziam os namoricos….
Já adulta, a residir nos
arredores de Lisboa, levei ainda alguns anos com uma colega que residia perto
de mim, a levantarmo-nos neste dia um pouco mais cedo , com um objetivo “APANHAR A ESPIGA” e depois com vários
raminhos já feitos , lá íamos radiantes para o emprego oferecer às colegas, usufruindo um pouco as saudades da tradição das nossa infância.
Hoje, onde nós íamos apanhar
os tais ramos de espiga, e que eram grandes áreas de terreno com um aspeto fantástico de todas as flores
Primaveris da época, obviamente que o que existe são urbanizações que nem foram
contempladas, com um simples jardinzinho.